terça-feira, 28 de outubro de 2008

Postagem de desabafo

Não é o objetivo desse blog. Eu costumava escrever coisas assim na época boa do meu fotolog (coitado, hoje, tão abandonado.)... Mas eu preciso escrever isso.

Começa a tocar na rádio, High Hopes do Pink Floyd e lembro de ter desejado essa música hoje cedo.

Mas olha só, monta a imagem comigo...

Estava num belo pique de arte-final, mandando nanquim numa página de Bread and Roses. Aliás, hoje foi um grande dia de trabalho, pude me dedicar mais a projetos pessoais, graças às pausas básicas entre e-mails nos outros projetos (os que dão $$...).
Essa é a parte boa.

A ruim, que culminou no fato de agora há pouco, começa comigo acordando bem cedo, preparado para um dia dedicado aos meus trabalhos, e logo cedo sou atacado por espirros infinitos. Às vezes acontece: eu simplesmente acordo e espirro o dia inteiro. Deve ser rinite. Ou alergia a alguma coisa. Sempre que o tempo muda e pioro. Aliás, meu nariz é ruim desde que nasci. Então, dá-lhe espirro, o dia inteiro. E o nariz úmido, coçando, ardendo, incomodando e me dexando com voz abafada.
O meu cabelo, coitado, tenta crescer contra várias críticas desfavoráveis, e agora, finalmente, cponsegue ficar preso. Um pouco. A parte que não fica presa cai na minha cara, incomoda meus olhos, e principalmente, o meu nariz, que, lembrem, está zoado desde cedo. Se eu ponho boné, minha cabeça coça e o calor me faz suar mais.
Aliás, tem o calor, menos insuportável que o de ontem graças ao vento (que deve ter ligação com o nariz, mas paremos de falar dele), mas ainda assim, um saco.

Mas continuo trabalhando bem. Os resultados saem ótimos! Mas aí minha mão começa a cansar e a doer um pouco. Continuo alternando pausas pra checar e-mail e a prancheta. Aí, numa jogada genial, dessas que eu acabo sendo mestre (depois de quebrar um estrado da cama, só de SENTAR nela pra calçar o tênis...), eu ergo a régua paralela da prancheta para segurar a página, esquecendo que o nanquim estava aberto e em cima da régua... e este me vira, e cai na mesa e no chão. O que caiu de nanquim rdaria pra eu arte-finalizar umas duas páginas inteiras, se não mais.

E escorreu pela mesa, passando perto da página, que eu salvei, ainda bem. Corre o rio Mário para pegar papel higiênico, pano velho, Veja, removedor... Tudo isso com o nariz escorrendo e espirrando, o cabelo caindo na cara e a mão doendo. Enquanto limpo, tento colocar meu material em outro lugar, e o desespero que carrego quieto de não ter espaço pra quase nada aqui volta. Pincel de setenta paus cai no copo de água suja de nanquim, fica lá até eu perceber. Minhas mãos ficam pretas, o Veja acaba na metade da limpeza. Movo a mesa pra limpar o chão, e ela suja outro pedaço dele. Limpo o pé da mesa e ele spirra no chão. Coço o nariz em desespero, sujo de tinta, irrita com o removedor, a pia do banheiro toda suja também.

Logo depois, temrinada a seção vandalismo de nanquim, vou checar o e-mail e um dos projetos atuais precisa ser alterado, depois de já fnalizado. Agradeço às Forças Superiores por estar trabalhando atualmente com gente MUITO legal e competente, que entende a parte do ilustrador (acredita em mim, se você ainda não souber disso... o ilustrador se ferra muito, mas às vezes trabalha com gente firmeza.). E esse pessoal já adiantou algo que eu achei muito legal e que vai fazer as alterações compensarem.

(E pessoal, se vocês, desse projeto que mencionei, lerem isso, desculpem por incluir esse fato no desabafo, mas foi f... aqui. Já, já respondo o e-mail e continuamos de onde paramos)

Ah, cacete, viu. Pelo menos eu salvei todos os desenhos. Se eu tivesse estragado tudo que fiz hoje, eu juro que tirava uma semana de férias pra descarregar essa energia. OK, agora eu paro também. Não desenho mais hoje, pelo menos por enquanto. Vem aquela sensação de desatrado, de coisas que enchem o saco acumuladas acontecendo juntas. Não é culpa do nariz, da régua ou do Veja. Nem minha, sei lá. Eu poderia sair culpando e reclamando de um monte de coisas, como a vontade de arranjar logo um lugar decente pra trabalhar. Mas não, deixa quieto. (Como várias outras coisas, respiro fundo, espero, distraio e logo passa.)

Desculpem o desabafo. Que o resultado dele não siga a onda momentânea de Murphy, fazendo os poucos leitores se afastarem, os possíveis projetos serem repensados... e sim, espero que ateste a humanidade desse vosso anfitrião. Merda acontece, Marião.

Relaxa, agora.

(Uma média de 10 a 12 espirros enquanto escrevia esse post)

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