quinta-feira, 29 de abril de 2010

Insights Previsíveis

Eu sempre gostei muito de escrever. Mas faz uns anos que parei quase totalmente a minha obsessão de escrever páginas e páginas no meu caderno.
Tenho uns 24 cadernos, daqueles de 96 paginas.
Desde 2004, eu acho.

Enfim. Muitas idéias legais vinham lá, e muitas coisas particulares, obviamente.
Hoje em dia, eu constatei que ter o Blog e o Twitter (não dá pra falar do site porque eu nunca atualizo, e nem do DeviantArt porque eu não subo arte ou escrevo ou comento há meses, nem do Fotolog, que sempre foi meu depósito de textos e fotos fora do âmbito "trabalho", porque não faço nada lá há milênios - mas os textos continuam lá) faz com que eu não "precise" escrever no caderno.

Coisa que também eu pensei, é que conforme eu fui ficando mais velho, e saí da faculdade e entrei no mercado de trabalho (trabalho com ilustração, HQ e aulas desde 1999), meu tempo livre, aquele ócio criativo onde eu gostava de viver, sair com amigos, ter banda e sofrer com amores não-correspondidosm e consequentemente escrever sobre isso tudo, foi ficando cada vez menor, até o ponto onde eu simplesmente não escrevia por não ter sobre o que escrever.

Então, fica um insight previsível aqui, elaborado enquanto eu terminava de ver House, começava a ter um pouco de azia por causa do almoço e já ia esquentar ocafé das 9h30 pra tomar antes de ir pra aula:

Aos novatos, que fique claro: É difícil conciliar seu emprego principal (professor da Pandora), freelances (sempre tem), oficina gambiarra resultado de rasteira dada pelos poderes superiores (Reno), sair com amigos (não tão frequente quanto eu precisaria), família, cuidar da casa (moro sozinho e já fui melhor dono-se-casa do que sou hoje), banda (não toco desde setembro de 2009), atividades paralelas (italiano, fotografia, academia, todos abortados no momento), ócio criativo (necessário pra desenvolver idéias), viver a vida (sem a qual não há idéias ou inspiração), estudos ocasionais, quadrinhos (que não dá muito $$ mas é o que me dá mais prazer), relacionamento afetivo (não é uma constante, mas atualmente estou em um, e muito bom, obrigado)...

Os profissionais devem concordar.

Chegará o momento, eu espero, em que tudo ficaria mais organizado e minha agenda menos cheia de milhões de coisas simultâneas.

Já cheguei à conclusão de como será meu segundo semestre, e eu espero mesmo que funcione. Vai ser dividido entre Dom Casmurro, freela de ilustração (SE for bem pago e não for um projeto que se arrasta por meses com correções imbecis) (e eu já tenho essa vaga preenchida por um projeto que pode ser oficializado e eu sei que vou gostar), e, num foco maior do que atualmente, a Pieces 3.

Claro que um ou outro projeto menor podem aparecer. Só não garanto que eu vou embarcar em tudo que aparecer.

No momento eu quero ter a certeza de finalizar um projeto. Estou envolvido em alguns vários que não viram seu final ainda. Espero que até o meio do ano tudo de normalize.

Mas ah, no final das contas, é sempre melhor estar na ativa assim do que parado, emo, desanimado pelos cantos. Desenvolvi o workaholicismo nos últimos anos, e adoro trabalhar. Só queria um pouco mais de $ e de tempo livre. Aí acho que equilibraria bem.

De qualquer forma, não espero isso vir de presente com o Papai Noel. Pelo contrário, todo dia me esforço muito pra conseguir, em ais que isso, pra merecer.

Rock and roll, queridões.

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