quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Entrevista - Como eu escrevo

Oi, pessoal! Saiu durante a CCXP uma entrevista que concedi ao blog Como Eu Escrevo, a convite do José Nunes. Falei bastante sobre meu processo criativo e , como a entrevista é pensada mais para escritores, dei aquela dobradinha pra falar de quadrinhos e desenhos, também.

Ficou bem legal! Veja um trecho a seguir e, para ler a entrevista completa, é só clicar neste link.

Trecho:
Como você lida com as travas da escrita, como a procrastinação, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?
Bom, tem várias coisas aí no meio. Vamos por partes.
Se a trava é criativa, você precisa de repertório, referências. Às vezes, você precisa olhar pra lados que não costuma olhar. Ver um filme de terro pra escrever um poema, sei lá. Ouvir ópera pra desenhar a guerra. Nossa mente consegue fazer pontes incríveis entre as coisas, e quanto mais diverso seu repertório, mais conexões você consegue fazer e mais interessantes elas serão.
Procrastinar, eu acho, tem a ver com insegurança e preguiça. As duas coisas são possíveis de vencer. Como falei, romper a inércia é complicado, e precisa ser feito. Encontrar uma rotina bacana que te favoreça é importante. Organizar seu workspace (o mental, inclusive), ajuda muito. Tirar as distrações de perto, focar de verdade no que precisa ser feito. A insegurança se liga ao próximo ponto, o medo de não atender as expectativas.
Expectativas de quem, meu jovem? As suas ou do seu público? A gente tem que parar se são tão exigentes conosco. Muita gente, especialmente os iniciantes, acham que precisam fazer uma obra-prima logo de primeira, algo similar às grandes obras dos grandes nomes da área. E não, não precisam. Você só precisa produzir. Arte é evolução, seu trabalho atual sempre será pior que o próximo. Tem que ser assim, tem que haver produção constante, estudo e evolução. Tenha autocrítica, mas não se sabote. Tem coisas que são além da produção, da arte. Já vi muita gente tecnicamente boa, criativa, mas que por questões internas, pessoais, sociais, psicológicas, sei lá, se mantém travadas e inseguras. Procure formas de vencer isso.
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