sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Como foi - CCXP 2014

A hashtag mais usada para antecipar a Comic Con Experience era #VAIserEPICO!

Hoje, podemos com toda certeza usar a hashtag #foiEPICO sem o menor medo.

Entre os dias 4 e 7 de dezembro, o São Paulo Expo foi palco do maior e mais importante evento de cultura pop do ano. A CCXP reuniu mais de 80 mil pessoas, mais de 240 autores, estúdios, editoras e lojas, em uma catarse sem precedentes no Brasil.



O objetivo do evento era proporcionar experiencias, como a experiência de estar numa Comic Con americana, e eles conseguiram isso perfeitamente. Eu já tive a oportunidade de visitar duas Comic Cons: a de San Diego (2008) e a de Nova York (2012), e oque vimos em São Paulo nesse último fim de semana não deixou a desejar. Foi um pouco menor, claro, pois é um evento novo e não temos a tradição de produção de cultura pop que os EUA têm, mas já começamos muito bem.



Ver estandes da Marvel/Disney/LucasFilm, Panini, de várias marcas de estatuetas e bonecos, da Devir, minha editora em Dom Casmurro, e tantos outros... Eu torço para que, nas próximas edições, a CCXP faça ainda mais parte da agenda dos eventos internacionais, reservando para nós surpresas e exclusividades como acontece lá fora; e como aconteceu aqui, este ano, com, por exemplo, a estreia mundial do trailer de Exterminador do Futuro: Genesys, Big Hero Six e do último filme do Hobbit. Todos os eventos contando com atores e atrizes, produtores, e etc.

O pavilhão estava tomado por pessoas, fãs, leitores, geeks, nerds, curiosos. Chame do que quiser. Estávamos lá para celebrar uma grande conquista para nosso mercado: um evento que provasse, de uma vez por todas, que é possível viver, curtir e trabalhar com arte. Especialmente, quadrinhos. Autores nacionais e internacionais ocuparam o que foi o maior Artist Alley de todos os tempos (pelo que consta). Eu não pude conversar direito com todos meus amigos e colegas, pois foi um evento intenso, com muito público e muitas vendas, mas estou muito feliz pelo sucesso de todos eles.





Estar no Artist Alley para mim era mais que óbvio. É como o FIQ, você simplesmente TEM que ir se é um autor, e se quiser estar no mercado de HQs nacionais. E foi espetacular. Ao mesmo tempo em que tenho a oportunidade e privilégio de aconselhar novos autores e pessoas com vontade de produzir, vejo meus amigos curtindo o evento e aumentando seu público. Além disso, a sensação de estar próximo de meus ídolos, heróis de infância, como Luke Ross e Roger Cruz, e saber que hoje sou um autor como eles, é boa demais.

As vendas superaram todas as expectativas, e imagino que isso seja a opinião de todos os artista que estavam lá. Esgotei tudo que levei de Terapia, Artbook e Morphine! O último exemplar de Morphine, aliás, foi levado por ninguém menos que Fernando Caruso, ator, humorista e colunista do Abacaxi Voador - um apaixonado por quadrinhos!



Acho que nem público, nem autores, nem as empresas e estúdios presentes, nem a organização esperavam algo tão especial.

A CCXP mal terminou e já mudou muito do cenário nacional de HQs. Muita gente do grande público agora conhece a vasta porém pouco conhecida produção autoral e independente. Os outros eventos podem começar a se organizar para estabelecer cronogramas e agendas funcionais, ao invés de tentar desbancar uns aos outros (não que eles façam isso de fato...). Os autores, dos mais amadores aos mais conceituados, viram que sua produção têm sim público interessado, e que é possível esgotar tiragens independentes em pouco tempo, ganhando muito mais do que com editoras e tendo muito mais controle editorial e criativo no processo. As empresas, estúdios e editoras podem perceber que estarem eventos é essencial para aumentar público, para vender e para firmar parcerias e conhecer autores promissores, e, por que não, trazer novidades programadas especificamente para esse evento.



Tudo mudou, eu espero, a partir de agora. Foi épico, vai continuar sendo, e eu estarei lá pra ver tudo de novo.

Fica o meu agradecimento caloroso (vários abraços foram dados por lá, e mando mais ainda por aqui) à organização do evento, Omelete e Chiaroscuro, e especialmente, ao Ivan Freitas da Costa, cuja paixão, dedicação e profissionalismo estavam transbordando não só dele, mas por todo o evento. E um agradecimento especial, ainda, aos leitores e fãs que vieram à Mesa 108 conversar, comprar meus trabalhos e viver a HQ nacional comigo. O carinho de todos vocês faz essa jornada ser muito especial.

Até o próximo ano!

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