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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Aquecimento


Hoje cedo fui “aquecer” para a arte-final da página, e acabei finalizando um rascunho que estava há umas duas semanas no meu sketchbook.

Gostei do resultado. Talvez ela possa aparecer aqui e novo em breve, melhor finalizada…
A escolha de usar o papel azul é bem óbvia, né?


terça-feira, 12 de abril de 2011

Arte-Final: Materiais e Técnicas, parte IV

Olá novamente! Finalmente é hora de mais um post sobre materiais e arte-final. Desta vez, vamos nos concentrar no que chamo de canetas brushpen de ponta emborrachada.



Kuretake No. 55 Double Sided Brush Pen - Hard & Soft

Essa caneta é muito versátil. Tem duas pontas, sendo uma brush, simulando pincel, e outra fina, dura e com jeito de hidrocor/ponta porosa. A ponta de pincel é boa, mas não tão boa. Ela seca muito no meiodo traço, mas sem deixar aquela caracterítica de "pincel seco", e sim um rastro que lembra giz, ou mesmo uma canetinha hidrocor com pouca tinta. Para traços rápidos e curtos, ela funciona muito bem. Costuma borras um pouco.
Na verdade, eu uso muito mais a ponta porosa dela, pra traços mais finos e sem modulação, e para escrever.

Zebra sem nome certo

Esta será um mistério. Eu a compro na Casa da Arte em Campinas, quando tem. Não achei em muitos lugares, e nenhum site até hoje me disponibilizou essa caneta. Imagino que na Liberdade, em São Paulo dê pra achar. Ela é igual à caneta mostrada abaixo, mas com a diferença de uma ponto mais grossa e dura.
Ela é muito boa de usar. Imita bem o pincel, tem uma modulação de linhas decente e se você não raspar o braço no traço logo depois de fazê-lo, ela não borra.
Acaba soltando um pouco com água, é verdade, então dá pra fazer uns testes com aguadas.
Meu único problema com ela é que, durante o uso, sua ponta começa a perder forma, e vai afinando. De uma ponta cilíndrica homogênea, ela termina com um biquinho fino que quase impede o movimento exato dela. Talvez não seja motivo pra implicância, mas aqui incomoda.
A tinta acaba antes da ponta estragar, o que é ótimo emcomparação com as pontas de feltro/porosas.
Ela vem num pacotinho de plástico que lembra um saquinho, como na caneta acima. Assim como abaixo, ela tem um corpo que imita madeira (mas é de plástico), e um tipo de logo com ideogramas na base. Tampa preta


Pilot Brown Body Brush Pen - Soft Felt Tip
Praticamente a mesma coisa da caneta da Zebra mencionada acima, mas com corpo mais fino, ponta menor e um pouco mais duradoura. Depois que descobri esta, parei um pouco de usar a da Zebra. Esta, da Pilot, tem um traço mais fino, e pros mais grossos acabo usando outras canetas.

Pilot Pocket Brush Pen - Soft

Com ponta mais macia que a da Pilot acima, esta caneta é uma boa para sketches e estudos, mas costumo não usar na arte-final oficial. Ela seca um pouco mais devagar, e isso faz com que eu borre algumas linhas conforme vou movendo o braço pela página. Já num sketchbook, é bem divertida.
Ela é compacta, do tamanho da Pentel Pocket Brush Pen (de cerdas) já mencionada em outros posts. Cabe no bolso e é leve. Tem uma linha no corpo que mostra o nível da tinta, apesar de não ser recarregável.
Como uso pouco, a tinta não acabou ainda e a ponta não estragou de nenhuma forma.

Como sempre, as canetas podem ser encontradas no JetPens, exceto a da Zebra, que eu não achei em nenhum até agora.

Este post tem como objetivo mostrar possibilidades e materiais diferentes que nem sempre optamos por usar, mas que podem facilitar e muito o trabalho do arte-finalista. Apesar de oscilar entre umas e outras, dependendo do trabalho, sempre prefiro voltar ao pincel de verdade. Nos bons dias, o resultado é melhor em todos os aspectos.

Claro, existe a necessidade de saber controlar o material, para obter o resultado que você quer. Não adianta continuar usando um pincel se você quer um resultado de caneta.

Nenhuma habilidade manual boa vem fácil ou inserida no pacote. Existem facilidades, mas tudo pracisa de prática, estudo e dedicação.

Para finalizar o post, segue outra arte-final que fiz como aquecimento. Lembrando que o desenho não é meu, só a arte-final. Esse lápis é do Marko Djurdjevic, seguido da arte-final sem tratamento e depois a mesma com levels e contrastes ajustados.





segunda-feira, 14 de março de 2011

Monotipia 3

Já está no ar a terceira edição da revista Monotipia!



Colaboro com uma série de ilustrações chamada "Elas". Todo mês tem!


Para ler a Monotipia, que nesta edição traz ainda tiras, fotos de Lilian Higa, uma HQ do Jozz, uma entrevista bacana com o Danilo Beyruth e mais, acesse o site da revista, ou baixe-a pelo ISSUU!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Aquecimento II

Dando continuidade à série de postagens com as artes-finais que estou fazendo para aquecer antes de cair nas páginas oficiais.

Dessa vez, é um desenho do Bruce Timm, um dos grandes mestres da estilização. Perceba que o lápis dele é bem solto, mas ao mesmo tempo, marca o essencial das formas. Sem frescura nenhuma, já que, provavelmente, viria uma arte-final direta, e cores chapadas, no melhor estilo das animações da Liga da Justiça.

Usei somente pincel Windsor & Newton Série 7 nº 2 nesse. As inclusões de manchas, sobras, hachuras, foram, em alguns momentos, recursos para esconder uns errinhos (pois é, a gente erra às vezes) ou para dar volume e um pouco mais de peso na imagem, já que ela ficaria em PB.

Segue o lápis, a arte-final sem tratamento, e a versão final, depois de levels e contrastes ajustados.





terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Arte-Final: Materiais e Técnicas, parte III

Olá, pessoal!

Com vários dias de atraso em relação ao planejado, está no ar a terceira parte dos textos sobre materiais de arte-final.

Hoje vou falar de canetas-pincel (ou brush-pens) com ponta porosa e/ou de feltro. Esse tipo de caneta é um pouco mais comum de achar por aí.

Bom, falado isso, deixe-me abrir mais um parêntese. Moro em Campinas - SP, e quase todos meus alunos moram aqui ou em cidades por perto. Aqui na cidade, temos uma loja de materiais artísticos decente, a Casa da Arte. É, só uma. E por ser só uma, lugar onde é mais garantido de achar nosso materiais costumeiros, talvez role algum tipo de dumping, de monoólio, sei lá. Mas é o lugar que temos, e mesmo lá, não dá para achar tudo que queremos. Por exemplo, no post anterior falei sobre canetas-pincel com cerdas. Nunca vi uma unica dessas lá. As que tenho e uso foram compradas em São Paulo, ou importadas da Dick Blick ou da Jet Pens. Dizem que dá pra achar quase tudo na Liberdade, mas como não vou pra lá há anos, n]ão sei sdizer nem se tem mesmo, nem preços, nem onde achar.

Fechando o parêntese, voltamos ao que interessa.

Essa ponta, que eu chamo de porosa, na verdade é em forma de pincel, mas o meterial do qual é feita é diferente das cerdas artificiais que já mostrei. A ponta aqui é feita de feltro, pelo que me parece. Quem já usou aquela caneta PITT da Faber-Castell sabe do que estou falando. Ou as canetas da Tombow, aquelas com ponmta de pincel (veja aqui).

Os benefícios delas estão mais ligados à limpeza e rapidez de uso. Não precisar do pote de água, de nanquim, papel de rascunho, e não ter que sujar dedos, e ter que lavar pincéis, tudo isso contribui positivamente para esse tipo de caneta. Ela é rápida de usar. Dependendo do jeito que usamos, o traço simula muito bem o de um pincel.

Outro ponto positivo é o preço. Elas costumam custar bem menos que as de cerdas, os preços são similares às canetas de nanquim descartável, daquelas zero-três, zero-cinco...

O ponto negativo, e é aí que o bicho pega, é a durabilidade da ponta. Se você testar qualquer uma delas, vai ver que elas duram por alguns dias. Quanto mais se usa, e quanto mais ênfase você dá no uso delas, mas a ponta sofre. Essa ponta, por ser de feltro, vai se desgastando com o uso, com o atrito no papel, e eventualmente, espana. Ela começa a abrir na ponta, perdendo totalmente a possibilidade de um traço fino e suave. Geralmente isso vem antes de acabar a tinta, então você fica com uma caneta que só faz traços grossos e meio irregulares.

Bom, vamos aos links das canetas e explicações. Segue abaixo uma imagem com a comparação entre as minhas canetas mais usadas.




Faber-Castell PITT Big Brush
Essa é uma caneta grande, com a ponta mais grossa que o normal. Acho ela muito versátil para cobrir áreas de preto chapado mais ou menos grandes nos desenhos, principalmente quando estou em lugares que não dá pra usar nanquim e pincel. A ponta dela sofre do mesmo mal já mencionado: ela espana muito rápido, então não sei se é uma ótima ideia como único recurso de arte-final. Se você quiser desenhar mais desencanado, é bem divertido.

Faber-Castell PITT Artist Pen
Essa é relativamente fácilde achar por aí. Essa caneta, que vem em várias cores, tem uma ponta bem mais fina que a anterior, mas eu uso para o mesmo fim: preencher áreas de preto. Às vezes, faço toda a mancha em nanquim e pincel, mas para ter um controle melhor, deixo bordas brancas ao redos de cenários e personagens, para depois vir com a PITT e cobrir essas áreas. A ponta dela, como já disse, dura pouco. O preço aqui é convidativo, de certa forma. Aqui custa uns R$ 11,00. Não sei se vale tanto a pena como único material de arte-final, mas é um extra bacana pra ter de plano B. As várias cores não ajudam muito para pintura, pois a ponta é fina, mas é legal testar algumas cores. Eu tenho uma sépia, uma azul indigo, que uso às vezes para desenhar no sketchbook.
Lembre de sempre comprar a caneta com o "B" na tampa, pois ela tem pontas padrão também.

Tombow Fudenosuke Brush Pen - Hard - Blue Body

Essa série da Tombow tem duas variantes: corpo azul e corpo verde. A azul é mais fina e mais dura. É ótima para pequenos detalhes, ou algum efeito mais pontilhado. Como a ponta é mais dura, você tem um controle melhor da espessura do traço, então fazer aquela linha mais fininha pode ser mais fácil. De novo: a ponta não dura tanto quanto poderia. Logo ela perde aquele bico bem fino e vira um bico arredondado, e parte da magia acaba aí.

Tombow Fudenosuke Brush Pen - Soft - Black Body

Apesar do nome ser "black body", ela é meio esverdeada. Essa caneta eu já achei na Casa do Artista em São Paulo algumas vezes. Repito o mesmo que foi dito acima. Elas são quase iguais, só muda um pouco a dureza da ponta.

Kuretake No. 14 Pocket Brush Pen - Hard
Essa caneta é a melhor dessa leva. Ela tem a ponta que mais se assemelha a um pincel no resultado. Apesar de ser uma "hard", ela tem uma macieza bacana, um controle bom das linhas. Claro, ela perde a ponta com o tempo, mas essa foi a que mais durou. A tinta foi acabando mas a ponta ainda estava decente. Eu a uso direto, para fazer rostos e mãos que estão pequenos no papel, mas raramente a uso no sketchbook ou outro lugar.

Micron Pigma - nanquim descartável
Essa série é daquelas canetas "genéricas" de nanquim, com a ponta porosa comum, sem ser simulação de pincel. São facilmente encontradas, mesmo em outra marca. Eu acho as da Micron muito boas, comparadas com outras tipo Staedler, Stabilo e Uniball. São extremamente versáteis, mas não simulam pincel. Se você quer um traço mais técnico, sej para arte-finalizar balões ou requadros, seja para desenhar os personagens, ela é ótima. Recomendo ter uma ou duas dessa série, nunca se sabe quando vai precisar.
Essa série tem sim uma caneta com ponta de pincel, que vem indicada com "Brush" na lateral da caneta e um "B" na ponta. Ms essa foi a pior beushpen que eu já usei, dura muito menos que todas que já mencionei.

Bom, por enquanto é só. Vou postar aqui no blog também, uma série de desenhosque ando fazendo para aquecer a mão e os pincéis para arte-final. São desenhos de outros artista,s mas estou fazendo a arte-final. Fiquem de olho!

No próximo post de materiais, falarei das pontas emborrachadas e pincéis! Até lá!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Arte-Final: Materiais e Técnicas, parte II

Olá a todos! Finalmente, vamos à segunda parte do textos sobre materiais de arte-final.

No texto anterior, falei sobre os materiais "pré-ink", ou seja, papel, lápis, borracha. A arte-final (ou inking) é a etapa do processo de criação de uma ilustração ou HQ que envolve passar nanquim sobre os traços a lápis do desenhista (que pode ou não ser você mesmo).

Parece simplista, colocar dessa forma, mas em essência, é isso mesmo. O ponto crucial de se entender, é que o arte-finalista NÃO é só um mero traçador/contornador. Quem já assistiu "Procurando Amy", do diretor Kevin Smith, sabe que existe um debate hilário entre os personagens principais, artistas de HQ, sobre o arte-finalista ser um "tracer", ou seja, o cara que só passa linhas pretas em cima de outras a lápis, como se "tirasse" o desenho com papel vegetal. Achei essa cena no youtube, infelizmente sem legendas.

O arte-finalista é responsável por muitas vezes complementar o desenho do desenhista. Este, dependente do estilo, pode deixar vastas áreas de preto para serem preenchidas pelo arte-finalista, que também pode acabar fazendo hachuras, modulação de linha, separação de planos, e até algumas decisões de foco na cena.

Um ótimo livro sobre o assunto é o "The Art of Comic Book Inking", de Gary Martin. Existiram duas edições, e depois uma especial com os dois livros em um. Ele vem com várias dicas de materiais, técnica, e exemplos de arte-final de grandes nomes da área. Além disso, vem com pranchas, em papel decente, com uma página do Steve Rude para você treinar. Segue um link no Amazon. Não achei o primeiro, mas é o mesmo nome e mesmo autor, dá pra procurar.

Além disso, o tio Gary Martin mantém uma galeria no DeviantArt com vários trabalhos. É uma ótima ideia visitar sempre que possível e entender o que exatamente o arte-finalista faz sobre os lápis.

O arte-finalista deve, então, colocar um pouco de si no trabalho. Ou muito. Certas equipes criativas trabalham juntas por anos, como o caso de Jim Lee e Scott Williams. O trabalho solo de cada um nunca é tão interessante quanto a parceria. Leva um tempo para um desenhista e um arte-finalista se entenderem.

Bom, em se tratando de materiais, agora, vou mostrar um pouco das canetas que costumo usar.

Minha arte-final tem imensas doses de pincel. Mesmo quando uso o Pain Tool SAI para arte-finalizar, configuro os brushes para me darem um resultado próximo de pincéis.

Me interessa muito a modulação da linha, que nada mais é do que a possibilidade de engrossar e afinar as linhas conforme a pressão da mão. Mas o digital raramente consegue simular o efeito de um pincel seco de forma satisfatória. Tem coisas que só um bom pincel faz.

Vou mostrar hoje as canetas brush pen que uso, mas só as pontas de cerdas artificiais. O lance dessas canetas é que elas possuem "pelos" na ponta, que dão forma de pincel. Não são pelos naturais, como a maior parte dos pincéis de cabo de madeira, e sim, um material sintético.

Podem ter dois tipos de carga: uma carga normal, fechada no corpo da caneta, que acaba eventualmente; e um cartucho ou refil, cheio de tinta, que você pode trocar quando acabar. AS tintas nem sempre são permanentes como o nanquim. Algumas soltam com água, outras não têm um tom de preto tão profundo. Mas tudo isso pode ser contornado (sem trocadilhos).

Bom, segue uma imagem com testes das minhs canetas.


Bom, vamos aos links e comentários para essas canetas, na ordem da imagem acima.

Pentel Standard Brush Pen - Medium Tip

Essa caneta foi a primeira que usei quando comecei a me interessar por brush-pens. Ela tem um corpo oco, onde fica a tinta. Esse corpo, refil, pode ser comprado avulso, e tem várias cores para escolher. Eu mesmo já comprei vermelho, azul, marrom, para testar e brincar. Ela dá uma linha bem gostosa, se você trabalhar devagar. Quando o traço é mais rápido, aí ela seca mais rapidamente também, e o traço fica com aquele feel de drybrush.
Se a tinta comaça a rarear, você pode apertar o corpo oco, que age como uma bombinha, e manda mais tinta para a ponta. Às vezes isso faz a caneta pingar, então, cuidado.
Quem usa essa caneta vez ou outra é o Rafael Grampá. Já o vi desenhando e o ritmo dele é bom com o ritmo da fluidez da tinta, mais moderado e cuidadoso, deixando os efeitos de dry-brush para quando necessários.
Essa caneta é uma das que eu menos uso.

Parêntese! Um dos arte-finalistas que me fez procurar essa caneta é o Mitch Breitweiser. Ele usa essa caneta, mas mergulhando-a no nanquim. Acho que hoje em dia ele deve usar mais pincel, mas na época vi um vídeo dele com um tutorial de arte-finalque merece registro. Aqui vai o link pro DeviantArt dele e para o vídeo. Fecha parêntese.

Pentel Pocket Brush Pen for Calligraphy
Essa caneta é uma delícia. Ela tem um padrão parecido com a acima, mas é bem menor. Seu tamanho é de bolso mesmo, e o corpo, de plástico mais duro, lembra canetas mais chiques, daquelas que advogados e etcs levam no bolso. A ponta é do mesmo esquema que a acima, mas é um pouco menor e sua fluidez é quase constante. Não tem como apertar seu corpo, então tem que se contentar um pouco com a fluidez dela. Esse modelo do link não vem com refil, mas a JetPens vende uma cartela com refis e caneta, e também caixinhas com refis.
Ela é mais elegante, portátil e versátil.
Já vi o Grampá e o Fábio Moon usarem ela.

Kuretake No. 8 Fountain Hair Brush Pen
Essa é a minha favorita nas brush-pens com cerdas. Ela tem um corpo duro, mais alongado. A ponta é de ótimo tamanho e a fluidez da tinta é perfeita. Ela trabalçha com um cartucho, não o mesmo que as da Pentel, mas já testei com o cartuchos destas e deu mais ou menos certo.
Dico mais ou menos, pois a tinta costuma vazar um pouquinho na ponta, e suja os dedos, mas nada que um papel higiênico não resolva.
Como sua fluidez é maior, se você cuidar da ponta direito, ela dura muito e simula quase perfeitamente um pincel. É mais difícil fazer dry brush com ela, já que não tem como controlar a fluidez para a ponta, mas se você tem um pincel velho ou uma brush pen da Pentel, isso não é um problema.
Se você ver no link, a cartela vem com dois cartuchos de refil, mas você também pode comprar mais. O cartucho dessa caneta vem com uma bolinha de metal na ponta. Quando colocado na caneta, a bolinha se solta e fica como num spray, móvel dentro da tinta, impedindo que ela seque ou decante.

Pilot Brown Barrel Brush Pen - Hair Brush

Essa caneta é dá família da Pilot, de corpo marrom. Vou falar de outras canetas desse tipo mas em outro post. Esta caneta tem pontas de cerdas, mas não tem como trocar o refil. Quando ela acaba, acaba. Claro, vocÊ pode mergulhá-la no nanquim, mas não é a mesma coisa. Ela tem uma fluidez legal para traços mais lentos, e detalhes, pois a ponta conegue uma espessura bem fina. Mas, num traço mais veloz, ela simplesmente não aguenta muito, e fica com traço se pincel seco. Acho que ela dura bem menos que as outras, também.

Kuretake No. 30 Double Sided Brush Pen - Hard & Hair Brush
Essa tem sido a segunda favorita atualmente. Com um corpo mais alongado, ela tem duas pontas. Uma, maior, de cerdas, com um bom controle de detalhes e espessura, fluidez bacana e facilidade para fazer dry-brush. A outra ponta, menor, tem um esquema mais "porosa" e é bem legal para pequenos efeitos e detalhes. No link você pode ver um teste das duas.
Ela também não é recarregável, mas costuma durar um tempo bom.

Todas elas são ótimas por serem portáteis. VocÊ não precisa levar um arsenal de papéis, copos, potes de nanquim e pincéis. Não precisa lavar com cuidado, não precisa ficar mergulhando elas no nanquim para recarregar. Cabem em estojos comuns, na mochila, no bolso.

Eu costumava ficar meio frustrato por não conseguir levar meu material para todo lugar. Como não tinha como levar os pincéis e nanquim, meu sketchbooks tinham muita coisa a lápis e canetas comuns, mas eu queria mesmo era desenhar com pincel. Com essas caneta,s eu posso obter efeitos de pincel em qualquer lugar. Além claro, da já mencionada limpeza.

Como já dito anteriormente, o JetPens é um site ótimo para comprar esse tipo de material. Apesar de ser em dólares, os valores são muito amigáveis e muitas vezes melhores que os encontrados por aqui. O frete estraga um pouco a brincadeira, e se você gastar mais de US$ 50,00, provavelmente será taxado no Brasil.

A última compra que fiz deles, pelo correio, foi taxada, saiu cara demais, mas mesmo assim valeu cada centavo, e saiu mais barato que comprar os mesmos materiais por aqui. Com o extra de que 2/3 deles eu nunca achei por aqui. Ouvi dizer que na Liberdade, em São Paulo, tem várias coisas dessas, mas não fui lá ainda pesquisar.

O que valeria a pena, na minha opinião, é chamar amigos que também tenham interesse em materiais, fazer uma compra grande, e rachar. Gaste mesmo, e aí, teste todas as canetas e materiais que achar interessantes. Numa próxima compra, repita só os que você mais gostou, em quantidades maiores.

Minha primeira compra na JetPens foi meio insana., Quis testar quase tudo. AS minhas favoritas, comprei de novo, um tempo depois, em quantidades maiores e fiz um estoque.

Bom, por euqnto é só. Próximo post será sobre brush-pens com pontas de borracha e porosas.

Abraços e ótimo fim de semana!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pincelando


Um sketchezinho de final de tarde, enquanto minha rinite ataca e me deixa espirrando sem parar por horas.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Próximo:




Primeira arte-final feita com o pincel sugerido pelo Craig Thompson, um Raphael nº4. É um pincel pra aquarela, muito macio, e a numeração alta garante as linhas mais pesadas e grossas. Não me acopstumei comele pra fazer hachuras rápidas. Nesse caso o Windsor Newton Serie 7 é melhor.

Essa ilustra é para uma exposição rolando na Europa que comemora os 75 do pato mais animal do mundo: Donald!!!


Cresci assistindo desenhos dele e da turma toda. Além da Disneylandia, programa que passava na Globo que reunia a turma do Mickey, assistia muito Charlie Brown, Muppet Babies e Duck Tales e os clássicos da Xuxa como He-Man e Super-Amigos... Nostalgia pura.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Mais uma dose...

...É claro que eu to afim.

Não sei se é pertinente pro lugar ou pro momento, mas ando meio estranho pra desenhar. Mesmo assim, ainda tem coisa legal saindo do forno...



Queria mandar um abração pro pessoal que segue esse blog, todos os 10! Valeu mesmo!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Bread and Roses


Consegui!! Finalmente terminei, hoje cedo, a arte-final da HQ Bread and Roses, escrita pelo meu amigo Hector Lima.

Deu trabalho, foram páginas cheias de referências, de cuidado, de impacto e carga dramática. Eu adorei esse trabalho, ficou muito bom, no geral.



Agora preciso começar a me preocupar com as cores.

Ah, as fotos, apesar de serem de arte-final, são to Mágico de OZ, que estou preparando pra exposição da Pandora. Logo logo mostro mais deles.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Pages a Thousand Years Wide

Tá demorando e dando trabalho, mas finalmente to vendo o trabalho em Bread and Roses voltar a render!!

Estou com 4 páginas de 7 finalizadas. Só faltam alguns retoques. Depois vem a parte da pintura, que como eu comentei com o Hector, pode ser do jeito fácil ou do jeito difícil. Eu prefiro o difícil, obviamente. Mas vamos ver. Tudo depende do prazo, na verdade...



Muito pincel, muita caneta-pincel, muito nanquim.... Incluindo aquele todo que eu derramei outro dia. Mas ta valendo a pena!!

No outro lado, eu ainda acho que preciso de um local mais legal pra trabalhar tudo isso. Ou são conflitos mentais, ou são conflitos espaciais, mas o lance é que às vezes simplesmente não dá.



It's evolution, baby.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Pincel e Nanquim


Feito hoje à noite, para um futuro marcador de livro da Pandora. Fiz com a nova caneta-pincel maravilhosa, que chegou esses dias aqui em casa. Já foi muito bem utilizada por Mitch Breitweiser, Craig Thompson e outros, e agora eu entrei na festa:





Aliás, esse marcador virá com o esperado lançamento da Front em Campinas, comigo e com o Bira. Vai ter até mesa-redonda e autógrafos!
A data é 11 de novembro, na Livraria Cultura de Campinas.

Mas eu lembro de novo, com convitinho bonito e etc.
(Preciso vber também, se a galera de São Paulo vem... Alguém se habilita?? - pode dormir em casa!)

sábado, 28 de junho de 2008

Nanquim Descartável - Passo a Passo

Já que eu estou aqui, meio perdido em meio a umdomingo estranho, vou postar esse passo-a-passo. Aliás, não sei se o Daniel Esteves, autor da HQ Nanquim DEscartável, vai autorizar mostrar uma das páginas antes do lançamento, mas enfim, cá está!

(Daniel, se você preferir, eu tiro do ar, bro.)

Então, vou fazer a coisa bem sintética, pois apesar do dia ensolarado e belo que eu to perdendo lá fora, eu também não quero ficar escrevendo demais.

O primeiro passo vem com o roteiro, claro. O Daniel me enviou um argumento, que é o texto todo sem grandes detalhes, e depois o roteiro final com tudo já detalhado. É a partir desse roteiro que euvou desenvolver os esboços para as páginas. Depóis de estudar uns lay-outs no caderno de rascunho, pra decidir como vou compor a página, eu faço uma modelo em escala com a revista mesmo, pra não sair das proporções, e faço um rascunho rápido, com canetas, pra marcar as posições dos balões e dos personagens.


Depois de aprovados, esses estudos são passados num tamanho amior, geralmente algo em torno de um A3, e é desenhado a lápis, aí sim, preparado para receber uma arte-final.


Depois vem a parte que dámais trabalho, a arte-final. Eu, que sou meio maluco, adoro arte-finalizar com pincel e nanquim.



Eis que surge o resultado final, que é escaneado, tem os contrastes ajustados, e vai pro letreiramento. Como essa HQ é preto e branco, não tem colorização nenhuma, mas seria agora o momento de pintar.



Bom, é isso aí. Claro e sucinto, mas espero que sê pra entender um pouco do processo, que pra falar é fácil, mas pra fazer, dá umcerto trabalho...
Abraços!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Aaaaarrgh!

Não sei como descrever a frustração de perceber que seu pincel super-caro da Windsor&Newton, recém estreado, já aparenta começar a espanar.

Ponta dupla, cerdas que ficam tortas, e o clássico acúmulo gradual de nanquim na base.

Cacete.


>.<



Claro que é exagero, e ainda vai ser muito usado, mas dá muita raiva mesmo assim.


Deixe estar.
Em San Diego eu compro mais um.
8- D

quarta-feira, 26 de março de 2008

"Sad"

Em nome dos grandes tempos dos grandes flogs, um post com sabor de ontem*.

Geralmente era uma música escolhida pra acompanhar uma imagem/foto já pronta. Dessa vez foi uma imagem feita pra acompanhar a música. E PJ tem essa capacidade, de ilustrar algo extremamente profundo, como esse momento, esse suspiro longo e vazio, com uma música, com versos. Eles conseguem, pelo menos pra mim, ilustraro que uma alma pode sentir. Eles conseguem com sons, mostrar o silêncio. Com acordes e notas, fazer com que você sinta o gosto da amargura e do abismo desolado que uma pessoa pode sentir. Conseguem também, fazer brotar em você a energia que eles querem que você tenha, fazê-lo pular, dar socos no ar, em nome de um manifesto não-escrito, muitas vezes não-verbal, de manter-se fiel a quem você é, a quem você ama, ao que te faz sentir bem. E eu faço isso.

(Escrever enquanto escaneia dá nisso)
(Mas eu gosto disso, pq me remete a outras coisas, e o exercício das palavras é extremamente bom pra mim)

Enfim, the song.


SAD
Pearl Jam

All the photographs were peeling
and colors turned to gray
He stayed... in his room with memories for days
He faced... an undertow of futures laid to waste
Embraced... by the loss of what he could not replace

There is no reason that she passed
And there is no god with a plan
It's sad... and his loneliness is proof
It's sad... he could only love you
It's sad

The door swings to a passing fable
A fate we may delay
We say... holding on...delivered in our own brace
He let em as he laid in bed
hoping that dreams would bring her back
It's sad... and his loneliness is proof
It's sad... he could only love you
It's sad

Holding his last breath
Believing... he'll make his way
But she's not forgotten
He's haunted...he's searching for escape

If just one wish could bring her back
It's sad... and his lonliness is proof
It's sad... he will always love you
It's sad



Desenho feito hoje de manhã, ouvindo o maravilhosos CD sétuplo ao vivo do Pearl Jam que comprei segunda! 8- D
Poucas bandas tem o que eles têm. (Bate no peito pra demonstrar lealdade) hehehe
Canetas e marcadores em sulfite.


* - O "ontem" foi metafórico.


E para quem não conhece, faça o favor:

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pincel e Nanquim


Depois de fazer arte-final no meu desenho dos Impossíveis pra Expo da Pandora com caneta 0.3, lembrei da época em que eu nem me arriscava com pincéis.
Cada material tem seu lado bom e seu lado ruim. Para o quer eu queria nesse trabalho, usar pincel não ia funcionar. Eu não curto tanto desenhar com caneta pq não dá modulaçã ode linha. Mas isso pode ser recurso também.



Sei que depois de dois dias mexendo lá, vim pro caderno de esboços brincar um pouco com pincel e nanquim...

Espero que gostem...