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terça-feira, 30 de junho de 2009

Work

Mais um trabalho finalizado, com correria e valores negociados. Agora, de volta aos trilhos pra produção normal.

Tem coisas bem legais vindo aí. Pena que é mais do que meu tempo e meu mojo conseguem dar conta...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Como funciona: relação cliente-fornecedor.

Relação de Cliente - Ilustrador tornada simples...



Pego do Facebook do Edu Mendes, que pegou do blog do Hiro!
Pois é, muitas vezes é assim que funciona...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Mais polêmicas, pra variar...

Fiquei um tempo sem saber se postava essas coisas ou não, mas acho que tem tudo a ver com meu trabalho, com minha ideologia e com o blog em si. Então segue aí uma batelada de coisas que geraram polêmicas nesses últimos dias...


1. Diploma de Jornalista: Ninguém precisa mais.
Calma, na verdade é assim: Segue notícia da UOL.
Por 8 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na sessão desta quarta-feira (17) que o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão.

Votaram contra a exigência do diploma o relator Gilmar Mendes e os ministros Carmem Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso de Mello. Marco Aurélio defendeu a necessidade de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão. Os ministros Joaquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não estavam presentes na sessão.

Para o relator, danos a terceiros não são inerentes à profissão de jornalista e não poderiam ser evitados com um diploma. Mendes acrescentou que as notícias inverídicas são grave desvio da conduta e problemas éticos que não encontram solução na formação em curso superior do profissional. Mendes lembrou que o decreto-lei 972/69, que regulamenta a profissão, foi instituído no regime militar e tinha clara finalidade de afastar do jornalismo intelectuais contrários ao regime.

Sobre a situação dos atuais cursos superiores, o relator afirmou que a não obrigatoriedade do diploma não significa automaticamente o fechamento dos cursos. Segundo Mendes, a formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão.

Mendes disse ainda que as próprias empresas de comunicação devem determinar os critérios de contratação. "Nada impede que elas peçam o diploma em curso superior de jornalismo", ressaltou. Leia aqui a íntegra do voto.

Seguindo voto do relator, o ministro Ricardo Lewandowski enfatizou o caráter de censura da regulamentação. Para ele, o diploma era um "resquício do regime de exceção", que tinha a intenção de controlar as informações veiculadas pelos meios de comunicação, afastando das redações os políticos e intelectuais contrários ao regime militar.

Veja a matéria toda aqui.

Olha, eu nunca gostei de Regime Militar, odeio censura, mas acho que Jornalismo é uma profissão séria demais pra não se exigir diploma. Claro que certas pessoas que trabalham no meio realmente não precisariam ser jornalistas formados para poder exercer suas funções. Mas o jornalista em si, esse precisa, claro.

Não é porque qualquer Domingas da Malhação pode ter um blog e bancar jornalista que essa pessoa É, de fato, um jornalista. Precisa de formação, de estudo, de muito mais.

Assim como um Artista Plástico sem curso superior é uma coisa, com curso é outra. Funciona assim em qualquer área.

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2. Comentário infeliz num jornal e repercussões...
Retirado do Blog dos Quadrinhos:

A SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil - emitiu hoje à tarde uma carta em resposta a uma nota curta publicada na coluna "Gente Boa", do caderno de cultura de "O Globo".

A nota, intitulada "Ilustradores, unidos", registra que os ilustradores pretendem dividir os direitos autorais de obras - entre elas as infantis - com os autores. Segue o texto:

As editoras de livros enfrentam um novo problema: os ilustradores, principalmente os de livros infantis, querem rachar o direito autoral com os escritores.

Não aceitam mais um xis pelo trabalho. Pedem um percentual nas vendas, de olho na força do setor e nos grandes lotes comprados pelo governo.

***

A SIB defende que não quer dividir os direitos autorais com o autor. Mas reivindica uma participação maior no pagamento feito pelas editoras, em particular nas vendas ao governo.

Leia a íntegra da carta de resposta da entidade:

Muito oportuna a nota "ilustradores, unidos”, publicada na edição de hoje. Gostaríamos de esclarecer que a questão dos direitos autorais dos ilustradores é antiga, e vem ganhando força nos últimos anos por conta de uma postura mais consciente dos profissionais, e do próprio amadurecimento do mercado.

A co-autoria de um ilustrador de livro infantil é inegável. Muito mais do que um mero suporte ao texto, as imagens exercem encantamento, definem a identidade do título e possuem enorme poder de decisão na hora da compra. E, como co-autores, nada mais justo que participar dos benefícios obtidos com as vendas.

E, importante salientar, nunca foi proposto rachar o direito autoral com os escritores, e sim com a editora. lustradores e escritores, ambos autores, têm sido parceiros produtivos à literatura infantil e juvenil brasileira.

Não se pretende aqui entrar na justa fatia que o escritor do livro recebe, mas sim em uma nova conta com as editoras – que, apesar de terem no governo brasileiro o maior comprador de livros do planeta, ainda insistem na imposição de contratos leoninos aos seus colaboradores, sejam ilustradores ou artistas gráficos.

A Sociedade dos Ilustradores do Brasil, com duas centenas de associados em todo o território nacional, trabalha pela excelência na prática profissional e entende que os ilustradores não são meros prestadores de serviços, mas parceiros da editora na produção de obras infantis.

Neste momento de mudanças no perfil do mercado é onde se pode concluir esta discussão com benefícios para todas as partes, principalmente para o leitor.

***

Assinam a carta nove integrantes do conselho gestor da entidade: Cecilia Esteves, Orlando Pedroso, Jinnie Pak, Chicão Monteiro, Marcelo Martinez, Daniel Bueno, Mauricio Negro, Rodrigo Rosa e Rogério Soud.

"Tem um novo mercado surgindo. A questão é discutir qual a participação do ilustrador nesse mercado", diz Orlando Pedroso, por telefone.

No entender dele e da SIB, é necessário abrir um canal de discussão com as editoras para definir como o desenhista pode se enquadrar, como autor, co-autor ou partícipe dos lucros.

Muitas obras infantis e de cunho didático têm sido incluídas em listas dos governos federal e estadual. Nos últimos anos, a presença de elementos visuais nessas obras tem aumentado significativamente.

***

A questão é atual e pertinente: ilustrador de um livro - em particular o de obras infantis - pode ser considerado co-autor?


Opinião do Montalvo, um dos maiores do país:

"Tá errado, tá tudo errado.
Será que os ilustradores ficaram loucos?
A gente não quer "rachar" nada com os escritores, eles não são nossos pagadores, e devem ganhar o mesmo que sempre ganharam.
O NOSSO direito autoral deve vir dos outros 90% do bolo, DIRETAMENTE DA EDITORA, e não do bolso de nossos parceiros, os escritores.
Mas as editoras, espertamente, querem nos tornar inimigos dos escritores, aplicando a velha máxima "dividir para conquistar".
Eu não quero dinheiro de um colega de trabalho como eu. Exijo receber estes valores da editora, a minha contratante."

Eu concordo com a SIB, ponto final. É minha profissão, e por mais que muita gente ache que não, ela é de suma importância para o funcionamento do mercado editorial e publicitário.

Não tem nada a ver com abocanhar grandes dinheiros, mas de ter o que é merecido, por direito autoral, por qualquer direito. O escritor tem tantos direitos por ser autor, o ilustrador tem os mesmos por ser oautor das ilustrações.

É um mercado estranho, sem sindicato, sem registro, sem essas coisas de "emprego de verdade", mas é um mervcado que existe e merecia ser melhor visto e entendido pelos governantes e editores.


Qualquer coisa, é sempre bom reler o Guia do Ilustrador e ficar por dentro de como tudo funciona.

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3. Mais uma grande obra de quadrinhos atacada por estar nas escolas...

Do Omelete:

A graphic novel Um Contrato com Deus e Outras Histórias de Cortiço, de Will Eisner, é o motivo de mais uma rodada de críticas a bibliotecas e ao governo. Educadores de São Paulo e Paraná pediram que a obra, distribuída pelo Ministério da Educação a escolas públicas, fosse retirada das bibliotecas.

O motivo: Um Contrato com Deus mostra cenas de violência e sexo (sexo adúltero, como sublinham alguns), incluindo estupro e sugestão de pedofilia. Segundo os educadores, o livro está em escolas com alunos de quinta série, com média de idade de 11 anos - e o conteúdo seria impróprio para a faixa etária.


A polêmica chegou inclusive a blogs religiosos, que já tratam a obra como coisa do demônio. "Infelizmente, por ser PASSIVA (não confundir com pacífica), a sociedade brasileira tem deixado o Poder das Trevas colocar em execução tudo o que foi planejado nas profundezas do inferno e simplesmente, diante de tudo isto, tem dormitado em berços esplêndidos", diz o blog Holofote.

Vale lembrar que a polêmica vem na sequência do caso com a antologia Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol e repete quase perfeitamente casos já registrados nos EUA. Além disso, é um reflexo da maior entrada dos quadrinhos nas bibliotecas públicas, como política do Programa Nacional Biblioteca na Escola do Ministério da Educação.

Um Contrato com Deus é considerada um marco na história dos quadrinhos maduros e também na carreira de Eisner, que resolveu na época investir em quadrinhos para o público adulto. Lançada originalmente em 1978, foi uma das HQs que gerou o termo "graphic novel" ("romance gráfico") no mercado e na imprensa dos EUA para destacar o novo requinte das narrativas sequenciais.

Já existe versão do clássico até para iPhone.


Matéria original aqui.


No Universo HQ:

Nesta terça-feira, 2 de junho, o programa SP TV, da Rede Globo, apresentou uma matéria sobre o livro Um Contrato com Deus, de Will Eisner, publicado pela Devir.

De acordo com a matéria, o livro contém ilustrações de pedofilia, brigas familiares, violência, etc.

O foco foi informar que o álbum não é adequado para crianças, mesmo estando presente em diversas bibliotecas escolares, sendo necessário orientação para os leitores da obra conforme sua faixa etária.

A reportagem fez questão de deixar claro que Eisner é um dos nomes mais importantes dos quadrinhos, que o ponto em questão é que álbum não é para crianças e não deveria ter sido adotado pelo programa do governo para a faixa etária em questão - ou seja, uma mudança na abordagem em relação aos problemas ocorridos com 10 na área, um na banheira e ninguém no gol.

Enfim: a polêmica continua, mas, ao menos, o foco parece ser outro - méritos, quem sabe, da imprensa especializada em quadrinhos e de todos que conhecem o gênero e o defenderam frente aos acontecimentos recentes.

Original aqui.


Bom, eu posso falar que Um Contrto com Deus é uma das obras mais bonitas do Tio Eisner. O velho mestre geralmente acerta a mão, sua narrativa é linda, seu texto é tocante.
Obviamente, assim como o Dez Na Área, não é pra crianças.

Eisner foi o cara que começou com as Graphic Novels. Ele é o pai dos quadrinhos adultos. Suas obras, no geral, não são para crianças e ponto final.

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Hmm bom, é isso!
MNuita coisa. Teria mais pra falar, mas vamos acompnhando por aí os desenrolares dos fatos. Não confiem em tudo de lêem. Procurem fontes que entendem do que falam!

Té mais!

terça-feira, 24 de março de 2009

Selecionado no 17° Salão de Desenho para Imprensa de Porto Alegre

O título da postagem já fala por si só! Fui umdos selecionados para o 17° Salaõ de POA, com minha ilustrações para a Revista Fantástico:


O XVII Salão Internacional de Desenho para Imprensa ocorrerá de 19 de março a 26 abril na Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro. O evento estimula e divulga a expressão gráfica aplicada além de atribuir premiações às categorias cartum, charge, caricatura, história em quadrinhos e ilustração editorial em jornal, revista, livro, capa de disco e cartaz.

Um dos principais objetivos do Salão é a profissionalização dos alunos do Atelier Livre para o mercado e sistema das artes. Isso envolve etapas como preparação de portfólio, fotografia dos trabalhos, apresentação da obra e adequação da proposta para o espaço expositivo. Os artistas plásticos Denise Haesberst, Meris Slomp, Rogério Livi, Paulo Heidrich, Grupo Porto Sete, entre outros, já participaram e foram premiados no Salão.

O júri, formado por Renato Garcia Santos (instrutor do Atelier Livre e coordenador do curso de Artes da Ulbra), João Francisco Alves (instrutor do Atelier Livre), Cylene Oliveira Dallegrave (artista plástica), José Guaraci Fraga (artista gráfico), Leandro Bierhals Bezerra (artista gráfico), selecionou 70 trabalhos entre 158 inscritos. Veja abaixo os nomes escolhidos:

Histórico - O Salão de Arte do Atelier teve inicio nos anos 1994 e 1995 com a finalidade de mostrar os trabalhos e pesquisas desenvolvidas no Atelier Livre da Prefeitura. Sua origem está nas exposições de final de ano, que aconteciam nas salas de aula e no saguão do Centro Municipal de Cultura, desde 1989.

Nas primeiras edições, o Salão era exclusivo para alunos do Atelier, e o aluno premiado recebia isenção da matricula para o próximo semestre e uma exposição no Espaço Alternativo do AL.

Em 1997 com o falecimento da gravadora e professora Maria Conceição Menegassi, o prêmio passou a ostentar seu nome. Desde 2005 o aluno premiado realiza a exposição no saguão do Centro Municipal de Cultura e a partir de 2007 o artista premiado recebe também prêmio no valor de R$ 1.000,00 em dinheiro, o que acontece até hoje.

Serviço:
Onde: Galeria dos Arcos - Usina do Gasômetro (térreo)
O que: XVII Salão Internacional de Desenho para a Imprensa.
Data: 19 de março a 26 abril de 2009
Horário: de terças a domingos, das 9h às 21h
Entrada Franca

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Roubo de Portfolio...

O artista Weberson Santiago teve seu carro arrombado e seu portfolio levado embora. Li no blog dele, e estou colocando aqui o relato como forma de alerta aos artistas (nunca deixe seu material ou portfolio dentro do carro ou em lugares de onde podem ser roubados!!!), como forma de simpatizar com a perda dele, já que eu também tive um carro arrombado, uma mochila com mateirla e desenhos originais roubados...

"Ontem fui fazer o workshop lá na Quanta. Separei um monte de revistas, quadrinhos e livros que ilustrei para mostrar para o pessoal. Além disso coloquei junto diversos desenhos, aquarelas e pinturas para mostrar e comentar com todo mundo sobre processo, mercado, essas coisas. Coloquei tudo numa mala grande, dessas de viagem. Botei junto também nanquim, um estojo caro de aquarela e coisas afins. Coloquei a mala no porta-malas do carro e fui para a cidade grande.

Chegando à São Paulo fui em duas reuniões e na sequência fui almoçar com meu amigo Pereira ali na padaria Real, do lado da MTV. Estacionei o carro na Av. Dr. Arnaldo. Ficamos lá menos de 1 hora. Saí de lá e fui direto para a Quanta. Chegando lá abri o porta-malas para pegar a mala e cadê a mala? Cadê o estepe do carro?

Roubaram o espete e levaram a mala.

O estepe já arrumei outro. Agora fico me perguntando o que o filhodaputa vai fazer com uma mala cheio de revista sem valor comercial? Aquilo só tem valor pra mim, e o pior, valor sentimental.

Perdi boa parte do meu portifólio que acho bem difícil recuperar.

Se alguém ver uma mala azul cheia de revistas vagando ou boiando no rio Tiête me avise, por favor.

Bom dia!"


Post original aqui, ó.

Grande abraço ao Weberson, e desejo que seu material volte pras suas mãos, onde realmente pertencem.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mais conexão, mais comunicação

Bom dia! É uma linda segunda-feira! 8- D

Então, pelo que me parece, o Flickr não permite visualização de mais de 200 fotos para usuários não-pagantes. Ou seja, vocês não poderão ver todas minhas fotos de viagem (tem bem mais que 200). Mesmo achando 45 Reais um preço bom por ano, pensei em achar alternativas. Acabei indo visitar o Eddie Gomes no Multiply e achei bacana. Já montei uma conta pra mim, que permite adicionar muito mais fotos. Assim como ComicSpace, DeviantArt e outros, é mais uma forma de conectar-se com o mundão lá fora. A Internet nos dá essa chance e eu não quero perder.

Então, vai lá pro meu Multiply, que lá vai ter fotos diversas da viagem. No Flickr vai ficar só fotos da ComicCon e meu diário (que ainda não escaneei).

Eu às vezes esqueço o poder de conexão que a gente têm nas mãos aqui. Apesar de site e blog serem pouco lidos (pelo menos, acho que são; mas agradeço aos leitores assíduos!!), é sempre bom ter isso disponível.

Porque no ramo dos quadrinhos, ilustração e etceteras parecidos, você tem que se expor. Não adianta, como disse um professor na faculdade, fazer suas coisas e deixar na gaveta. Tem que mostrar, tem que receber crítcas e elogios, tem que se fazer disponível.

É isso que eu quero abrindo Flickers e Multiplies. Logo o site todo estará em inglês também, e depois, um blog com traduções de posts.

E, até o fim do ano, um zine do Pieces pra você que é leitor e curte o "slices of life". 8- D
(Eu sei que prometo zine do Pieces desde a faculdade, mas não é tão fácil fazer algo assim.
Tem que rolar uma boa organização, e disponibilizar pelo menos uma semana pra montar tudo direito. Sem falar naparte da gráfica... Mas eu juro que esse ano eu farei mais para que ele saia.
E também, ando tendo idéias legais sobre camisetas, prints e coisas para você comprar pela net. Vamso ver como o barco anda.

Também, visando aumentar a conectividade, adicionei botões à direita para o Guia do Ilustrador e para a Revista Ilustrar, ambos editados pelo grande Ricardo Antunes. Pra qualquer um que se interesse pelo assunto, vale a pena dar uma lida!


Estou com várias idéias simultâneas. Preciso desovar essas coisas, e organizar meu tempo. Importante, acho, é ter idéias. Com otempo eu vou realizando todas. Mas aguardem boas novas até o fim do ano. Comcerteza, algo bem legal vai aparecer! 8- D

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O MASP em pedaços...

O grande Ricardo Antunes, da lista IlustraGrupo e idealizadordo Guia do Ilustrador e da Revista Ilustrar, mandou esse link com a matéria sobre a decadência do MASP.
É uma pena mesmo ver que o maior e melhor museu da América Latina está nesse estado.

Um museu aos pedaços

Devassa nas contas do Masp flagra uma das
maiores instituições culturais do país em
situação de "falência administrativa e financeira"

Numa reunião a portas fechadas, realizada na quarta-feira passada, a promotora Mariza Tucunduva, do Ministério Público paulista, apresentou o resultado de uma investigação de seis meses sobre o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Que as coisas não vão bem na instituição é algo que já havia ficado patente em episódios como um corte de luz por falta de pagamento, em 2006, e o furto de duas pinturas do acervo, no fim do ano passado (obras felizmente recuperadas pela polícia pouco depois). Mas só agora, com a abertura da caixa-preta de sua administração, pode-se ter uma noção exata do tamanho da calamidade. VEJA teve acesso aos documentos. O Ministério Público empreendeu uma análise minuciosa das finanças e práticas de gestão do Masp, que se estendeu dos balanços contábeis ao funcionamento de sua lojinha de suvenires. A conclusão é que o museu está hoje em estado de "falência administrativo-financeira". O relatório adverte: "O Masp encontra-se no limiar da descontinuidade de suas atividades, com graves problemas financeiros, de controle e, por conseqüência, de gestão". A investigação, frise-se, não levanta indícios de má-fé ou falcatruas no museu, presidido há catorze anos pelo arquiteto Julio Neves. Mas oferece fartas evidências de que a gestão não está à altura de uma instituição do porte do Masp, dono da coleção de arte mais importante de todo o Hemisfério Sul.


O relatório do Ministério Público mostra que a partir de 1997 – três anos depois de Neves assumir a direção – o Masp mergulhou numa espiral de dívidas. Os débitos já batem na casa dos 20,7 milhões de reais e devem chegar a 32 milhões de reais em 2010 se não houver uma correção de rota drástica. Foram detectados problemas nas prestações de contas. Em seu balanço de 2007, o Masp contabilizou recursos que se destinavam a projetos específicos como se fossem receitas de uso corrente. Com isso, operou-se o milagre da transformação de um rombo de 750 000 reais num pequeno superávit. "O museu incorreu em práticas contábeis condenáveis", acusa o Ministério Público. A investigação apontou ainda um quadro assustador no que se refere ao controle do acervo. Desde 1981, as doações de obras de arte não são anotadas em livros contábeis, ao contrário do que ocorre nos grandes museus mundiais. A entrada ou saída de peças para reparação ou empréstimo é registrada a mão em fichas de papel. Os gastos com restauro de arte são ridículos: 70 reais por mês, para um acervo composto de 7 675 peças. "Há evidências de total descontrole patrimonial – o que pode a curtíssimo prazo comprometer o acervo", diz o Ministério Público.

Está-se diante, em suma, de uma obra-prima de amadorismo. O detalhe espantoso é que a direção do Masp não estava nem um pouco desinformada sobre esse estado de coisas. O diagnóstico do Ministério Público amparou-se, em boa parte, num estudo da consultoria Deloitte, de 2006, e em duas auditorias da empresa PriceWaterhouseCoopers, desse mesmo ano e de 2007, todos encomendados pelo próprio museu e nunca divulgados. Um ano antes do furto das obras de Picasso e Portinari, a Deloitte já esmiuçava não só as tragédias financeiras e organizacionais do Masp como apontava para a debilidade de seu sistema de segurança – evidenciada pela carência de guardas no período noturno e pela falta de sensores de proteção como os existentes nos maiores museus no mundo. Os gestores simplesmente ignoraram os alertas.


O Masp é uma associação privada sem fins lucrativos, com um número reduzido de sócios (hoje são cerca de setenta). O poder, na verdade, é ainda mais concentrado. Está nas mãos de um presidente forte, amparado por um conselho deliberativo. Aos 75 anos e em seu sétimo mandato, Neves detém o controle absoluto dessa estrutura. Aos poucos, seu grupo alijou toda e qualquer oposição – últimas vozes que se levantaram contra sua gestão, o embaixador Rubens Barbosa e o economista Andrea Calabi se retiraram há dois anos. Em meio à balbúrdia causada pelo furto do fim de 2007, um dos conselheiros, o publicitário Nizan Guanaes, chegou a sinalizar que se apresentaria como candidato alternativo à presidência do museu nas próximas eleições, entre outubro e novembro. Mas logo baixou o tom. É inegável que Julio Neves trouxe conquistas para o Masp. Nos primeiros tempos de sua gestão, desdobrou-se para conseguir recursos para uma série de reformas inadiáveis, além da construção de uma reserva técnica climatizada que não fica a dever à dos museus do Primeiro Mundo. Mas isso é apenas uma fração do que precisaria ser feito.


Criado pelo empresário Assis Chateaubriand, no fim dos anos 40, o Masp se viabilizou graças às doações e à dedicação da elite brasileira. Naquele momento, a idéia de um grupo restrito de sócios deu frutos e foi funcional. Como apurou o MP, Julio Neves tem feito empréstimos pessoais ao Masp sem a obrigatória documentação formal, mas isso é um arremedo do antigo mecenato. Ações desse tipo já não respondem às necessidades de um museu moderno, que (como observa a Deloitte) precisa de quadros especializados e de práticas de administração afeitas aos princípios da chamada "governança corporativa". "A fórmula institucional arcaica isola o Masp das forças da sociedade brasileira que seriam capazes de lhe infundir energia", diz Luiz Marques, curador-chefe do museu entre 1995 e 1997. Vêm hoje de todos os lados esforços para romper com uma estrutura que Ronaldo Bianchi, secretário adjunto de cultura do estado de São Paulo, qualifica de "medieval".


Na reunião da quarta-feira, Julio Neves se negou a aceitar os termos de um acordo apresentado pelo Ministério Público. Pela proposta, uma assembléia seria convocada para debater mudanças de estatuto que tornassem possível a entrada de novos membros no conselho do Masp – a prefeitura paulistana, o governo do estado e o governo federal reivindicam um assento como precondição para investir recursos na instituição. A direção do museu pediu trinta dias para analisar a questão, o que não foi aceito pelo Ministério Público. Não é o primeiro revés nas tentativas de equacionar os problemas do Masp. Recentemente, também houve conversas com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que se propôs a reunir um grupo de empresas dispostas a pagar as contas do museu. A contrapartida seria a mesma – participação no conselho. Mais uma vez, as negociações não avançaram.


Como não houve acordo na semana passada, o Ministério Público deverá propor uma ação contra o Masp. E outro tumulto se avizinha no horizonte: em novembro, depois de quarenta anos, vencerá o período de cessão do prédio projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi na Avenida Paulista. A prefeitura paulistana é dona do edifício – e deverá pressionar a diretoria do museu antes de renovar o contrato. É melancólico que uma instituição que nasceu da iniciativa privada esteja quase sem saída para prover suas necessidades mais primárias e prestes a sofrer a intervenção do poder público. Mas que assim seja, se a alternativa for deixar à míngua o seu acervo extraordinário.



Link do original.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O.O

Quando a gente fica reclamando sobre aprofissão de ilustrador, tem gente que não entende e acha que a gente reclama de barriga cheia.
"Pô, mas você fica em casa o dia inteiro desenhando!"
Não é bem assim.

Uma das coisas que mais pega pra gente, e que eu, infelizmente, ainda não consegui fazer decentemente, é proteger meus direitos autorais. Segundo o grande Montalvo, e o magnífico Guia do Ilustrador, o ilustrador não vende a imagem, e sim, o direito de uso dela por um tempo determinado. O que acontece é o seguinte: suponha que você está escrevendo um livro ou apostila, e me contrata pra ilustrar. Farei todo o trabalho, do jeito que é pra ser, e assinaremos um contrato. Nesse contrato, está estipulado que você tem o direito de uso das ilustrações durante 5 anos, e que, a cada publicação, o ilustrador deve receber 10% do valor total, e depois que esse prazo terminar, se o autor quiser voltar a usar as imagens, tem que assinar outro contrato - e pagar de novo o valor total.

Entendeu? Não vendo minhas imagens. Eu autorizo que as usem.

Porém, o que acontece por aqui é que é cada vez mais difícil conseguir alguém que assine o SEU contrato. Geralmente eles têm um contrato próprio, e o ilustrador costuma sempre sair prejudicado,m pois a cessão de direitos é total, e não parcial. Ou seja, pagam mal, quando pagam, e ainda querem ficar com a imagem pra sempre.
Digamos que eu faça uma ilustração pra uma revista, cobre R$ 1.200,00. Com certeza vão ralhar com o preço, terei que abaixar. Aí, no contrato - se é que vai rolar contrato, pois muita gente nem se dispõe a isso - a cessão é total. Se eu fosse cobrar a venda da imagem, o preço iria pra R$3.500,00, por exemplo. Claro, afinal, você não está comprando o direito de uso de uma i9lustração, está comprando uma obra intelectual, um desenho, ou pretenciosamente dizendo, uma obra de arte.

Eu sempre proponho meu contrato com cessão parcial de direitos. Mas poucas vezes consegui isso.

O que me fez pensar nisso agora foi que eu estava à toa, escaneando ilustrações pras apostilasdo Perry, e enquanto isso, fuçava meu orkut. Achei o perfil do Daniel Vardi, dono da editora Vardi, que não tem muita projeção, pelo que eu saiba, mas pelo menos está na luta. Entrei no site dele pra relembrar umas coisas.

Lembrei do personagem dele, Amanhecer, um tipo de Superman/Caçador de Marte/Colossus brasileiro. Conceito interessante, mas nunca vi nada de verdade com ele. Que seja.
Lembrei da minha época de 3° colegial e 1° ano da faculdade, quando eu mal sabia o que era ilustração... A Vardi fez um tipo de concurso, desses bem mequetrefes, de você mandar seu desenho e ganhar alguma coisa. Eu decidi entrar. Era pra fazer o Amanhecer e o Raio Negro (não o fodão da Marvel, mas o tipo-Lanterna-Verde brasileiro das antigas), e eu fiz. Hoje, vejo que foi um bom trabalho, mas tem todas as limitações que eu tinha anos atrás.

Mandei, não ganhei nada, fiquei ao Deus-dará, nem lembro de ter saído resultado, e se saiu, com certeza quem venceu não merecia tanto. Não que eu merecia mais, mas eu sei que eu fiz um bom trabalho.

4 anos depois, venho eu visitar o site da Vardi, e entro na Galeria deles... Vou rolando a tela, vendo uns desenhos muito ruins, outros aceitáveis, e me deparei com duas surpresas.

Meu desenho está lá.
Sem meu nome.
Sem minha permissão.

Eu não lembro se tinha um regulamento que dizia que eu perdia os direitos da imagem, ou se eu automaticamente autorizava eles a usam meu desenho pra divulgação e etc, mas está lá, e eu nem sabia. O pior é estar lá sem meu nome.
Achei tão estranho. Depois de tantos anos, ainda estar lá.

Por isso comecei a pensar sobre direitos autorais de novo. Por mim, tudo bem, nem é um trabalho do qual me orgulho muito. Fiz pra essa promoção mesmo, sabendo dos riscos (ou não), e hoje em dia, pouco me importa. Mas eu mandarei um email pro Daniel Vardi reclamando dele não colocar meu nome lá, e ainda por cima, não avisar que o desenho estava exposto. Espero não comprar briga, até porque hoje em dia eu tenho muito mais informação e respaldo de grandes nomes (e amigos também) do ramo da ilustração.

Quer tirar a prova? Olha lá.


Aproveite quando estiver olhando, e preste atenção nos nomes dos caras que mandaram desenhos. Você vai achar um do Gabriel Bá.
Gabriel Bá?
Mas não é o cara dos 10 Pãezinhos, do Casanova, do Umbrella Academy?? É ele sim!!
Impressionante!!
Será que ele mandou mesmo naquela época? Pra mesma promoção que eu?
Engraçado porque a 4 anos atrás, o Bá já desenhava muito bem, já fazia os 10 Pãezinhos, se bobear já tinha até publicado os álbuns pela Devir. E olhei lá, aquele desenho... toscão... ruim mesmo!
Tudo bem, o estilo do Bá é bem característico, mas aquele bicho lá não me lembra ele. Nem a execução lembra ele. Não pelos esboços que eu já vi dele...
Bom, eu sei que o Bá não lê meu blog, mas peço desculpas pela esculhambação mesmo assim. O desenho tá muito estranho. Mais estranho foi saber que o Bá tá lá naquela lista, comigo, e com outros zés-manés...



O Bá hoje, não é mais um zé-mané.
Nem eu sou.
Espero que muitos daquela lista tenham evoluído muito e encontrado seus caminhos e estilos...
E usei que eu e o Bá encontramos (ele mais que eu, estou começando a expandir meu horizonte)

Olha, pra quem se interessar, vejam msmo os links do Montalvo e do Guia do Ilustrador. Vale a pena.

Abraços!

PS> Não sei se é coincidência, mas se você buscar Raio Negro no Google Imagens, o primeiro resultado é... o meu desenho.
Viva a internet!